Era Uma Vez... Em Hollywood | John Travolta aponta erro

Era Uma Vez Em… Hollywood – Tarantino acertou?

Era Uma Vez Em… Hollywood finalmente foi lançado nos cinemas. E, meus amigos, como eu estava esperando loucamente por este filme. Vocês que acompanham devem saber o quão apaixonado pela obra de Quentin Tarantino é este que lhes fala. Então, era de se esperar que assim que o nono filme do Taranta fosse lançado, eu viesse aqui e trouxesse minhas impressões, elogios e críticas ao filme. E é isto que eu vim fazer neste post. Então, se você curte o Tarantino e também estava ansioso por Era Uma Vez Em… Hollywood, relaxa e venha saber se o filme realmente está tudo isso!

Sinopse

Então, comecemos com a sinopse. Deixo de antemão registrado que neste post não haverão spoilers que possam comprometer sua experiência ao assistir o filme. Portanto, pode ler tranquilo, e depois ir ao cinema mais próximo a assistir a primeira sessão de Era Uma Vez Em… Hollywood que encontrar.

Era Uma Vez Em Hollywood

Pois bem, o filme se passsa nos anos 60 e nos apresenta o ator Rick Dalton, vivido por Leonardo DiCaprio, e Cliff Booth, Brad Pitt, seu dublê. Rick está passando por dificuldades em sua carreira como ator. Após ser um bem sucedido protagonista de uma série, ele foi esquecido e passou a viver apenas papéis pequenos. Então, Dalton resolve buscar novos ares indo trabalhar em filmes de Faroeste Italianos. Enquanto isso, Cliff acaba descobrindo uma comunidade de hippies um tanto quanto sinistra.

Abordagem

Antes de prosseguirmos com a matéria, acho que cabe aqui falar sobre a abordagem que Tarantino usa neste filme. Isso porque, diferente da maioria dos filmes, este aqui não conta uma história em si. Isto é, o filme não possui uma situação inicial, um conflito e uma resolução. É possível dizer que a intenção do filme é mostrar apenas uma janela de tempo da vida destes personagens. Para que, então, desta forma, o espectador possa se sentir na Hollywood dos anos 60.

Era Uma Vez Em Hollywood - Poster

Então, fica aqui o aviso: não vá para os cinemas esperando ver uma história concisa, fechada, você não terá isto aqui. Diversas vezes o filme parece mostra conflitos que não levam a lugar nenhum. Mas enquanto em outros filmes isto é considerado falha no roteiro, aqui não. Isso porque a intenção não é mostrar a resolução de todos os conflitos abertos, mas sim, mostrar que eles aconteceram.

Primeiro e Segundo Atos

Outra coisa a se colocar sobre a abordagem é que este filme pode ser visto como um filme de dois atos. No primeiro deles, acompanhamos esta tal janela de tempo dos anos 60. Neste ato, as coisas parecem mais leves, divertidas e até mesmo engraçados. Claro que intercaladas por grandes momentos de tensão, principalmente envolvendo a família Mason. Mas ainda assim, o primeiro ato é apenas isto, uma experiência na Hollywood dos anos 60.

Mas o segundo ato é a grande surpresa do filme. Se você chegar até esta parte do filme se perguntando “Mas cadê o Tarantino que eu conheço?”. Você vai ser pego de surpresa com o que acontece nos últimos minutos de filme. Não me aprofundarei para não estragar a surpresa. Mas, o que posso dizer é que podemos ver, neste segundo ato, Tarantino em sua melhor forma.

Personagens e Atuação

O filme é repleto de personagens interessantes e carismáticos, alguns nem tanto. Seria muito complicado falar de todos eles em um único post. Então, focarei apenas nos três “protagonistas”. Falarei, então, de Rick Dalton, Cliff Booth e Sharon Tate.

  • Rick Dalton

Rick Dalton é o personagem que é mais aprofundado pelo filme. Entendemos seus conflitos internos, sabemos o que o personagem sente, pensa e quer. Vemos uma evolução constante em suas atitudes e conseguimos, facilmente, nos identificar com ele. Isso porque o personagem é explosivo, tem uma autocobrança muito alta com relação à sua atuação. E tudo isto nos é entregue com maestria por Leonardo DiCaprio. Eu não ficaria nada surpreso se DiCaprio fosse indicado mais uma vez ao Oscar.

Era Uma Vez Em... Hollywood - Rick Dalton

  • Cliff Booth

Enquanto o personagem Rick Dalton é basicamente um livro aberto para o espectador,  Cliff Booth é um personagem misterioso. Não sabemos nada sobre seu passado além de boatos que rolam de um suposto assassinato. Além disso, não sabemos muito sobre suas intenções e desejos. Tudo que envolve o personagem leva uma certa carga de tensão e mistério. Enquanto Rick é explosivo, Cliff já é violento por natureza. Brad Pitt nos traz um personagem controverso, mas de um jeito bom. Gostamos de Cliff, mas não sabemos qual é a dele.

  • Sharon Tate

A Sharon Tate de Margot Robbie apresentada no filme é literalmente uma doçura de mulher. Enquanto as cenas de DiCaprio e Pitt nos trazem a parte mais pesada do filme, por assim dizer, Margot Robbie traz os momentos de encanto e calmaria. A personagem não possui muito destaque no filme, mas suas cenas encantam o público. Tanto a beleza da personagem, quanto sua visível pureza são características muito fortes que servem para encantar o público. 

A Direção

Tarantino faz de Era Uma Vez Em… Hollywood uma carta aberta de amor ao cinema. Sabe o recente meme “saudades do que nunca vivemos”? Pois é, é basicamente isso que Tarantino tenta viver neste filme. Por mostrar cenas de filmes protagonizados por Rick Dalton, Tarantino consegue fazer breves cenas de filmes de faroeste, ação, espionagem, entre outros grandes gêneros da década de 60. Durante o primeiro ato do filme, vemos um Tarantino experimentando coisas novas, um Tarantino que só quer nos mostrar o que acontecia nos anos 60 em Hollywood e nos cinemas.

Mas, como dito anteriormente, para seus fãs fervorosos o diretor reservou um final em que sua direção alcança um clímax intenso em sua melhor forma. Eu diria que poucas coisas são tão tarantinescas quanto o final deste filme.

Conclusão

Era Uma Vez Em… Hollywood é mais um filmaço que Tarantino nos entrega. A maior crítica que tenho a fazer sobre o filme é o fato de Sharon Tate ter pouco destaque na narrativa. Isso porque ela foi muito usada para promover o filme, mas sua participação no filme não é tão importante assim. Aqueles que não conhecem a história verdadeira da atriz podem achar que ela está ali jogada. Mas, se você entender a proposta do filme, saberá que aquilo não é uma falha do filme, pois ele nunca teve a intenção de te apresentar aquilo.

Era Uma Vez

Se eu pudesse fazer uma aposta, diria que este filme pode facilmente ser indicado ao Oscar de Melhor Filme. Se vai acontecer ou não, só a Academia decidirá.

Mas e você? Pretende assistir Era Uma Vez Em… Hollywood? O que espera do filme? E se já assistiu, o que achou? Então comenta aí! 😀

Redação

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